Governo proíbe ensino à distância para cursos de saúde e direito
Lula assina decreto para regulamentar educação à distância no Brasil. Novas regras visam restringir graduações em áreas como saúde e direito, além de exigir avaliações presenciais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou no dia 19 de maio de 2025 um decreto que estabelece novas regras para cursos superiores à distância no Brasil.
A Nova Política de Educação à Distância (EaD) impõe restrições mais rígidas para graduações nas áreas de saúde (medicina, odontologia, enfermagem e psicologia) e direito.
A assinatura do decreto, que havia sido adiada três vezes, ocorreu durante uma cerimônia a portas fechadas no Palácio do Planalto, em Brasília. Lula usou uma caneta que, segundo ele, esteve perdida por 20 anos e tem valor sentimental.
Segundo o MEC (Ministério da Educação), o sistema de EaD mais do que dobrou as matrículas nos últimos 20 anos, totalizando 10 milhões. A pandemia de Covid-19 foi um fator chave, com crescimento de 232% na modalidade entre 2018 e 2023.
Cursos vedados em EAD: apenas presenciais:
- Cursos nas áreas de saúde
- Licenciaturas
Diretrizes adicionais:
- Avaliações presenciais obrigatórias, com peso majoritário na nota final.
- Criação de um mediador pedagógico com formação compatível com o curso.
O MEC detalhou a elaboração da nova política em uma apresentação do ministro Camilo Santana, que incluiu a participação de especialistas e audiências públicas.
O ministro também suspendeu a criação de novos cursos EaD até março de 2025 e prestará esclarecimentos à Comissão de Educação da Câmara no dia 21 de maio.