Governo quer CNU como política permanente e provas a cada dois anos
Ministra expõe planos para tornar o Concurso Público Nacional Unificado uma política estável e menciona diálogo com o MPF sobre questões de cotas. O objetivo é realizar edições frequentes a partir de 2027 e evitar grandes lacunas entre gerações no serviço público.
Governo federal planeja tornar o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) uma política permanente de Estado, conforme anunciou a ministra Esther Dweck.
Durante uma entrevista a emissoras de rádio, Dweck destacou que a ideia é que o concurso ocorra novamente em 2025, já que 2026 é um ano eleitoral, o que traz restrições para concursos.
A proposta é seguir um modelo semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) mais envolvida na execução do concurso.
Dweck prevê que, a partir de 2027, novas edições do CPNU sejam realizadas, com menos vagas por área, mas de forma perene e frequente, para evitar choques de gerações.
A ministra também informou que o Ministério está dialogando com o Ministério Público Federal (MPF), que pediu a suspensão imediata da segunda edição do concurso devido a falhas nas regras de cotas raciais.
O MPF já havia recomendado a suspensão da divulgação dos resultados da primeira edição até que as questões relacionadas às cotas fossem resolvidas.