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Governo quer ganhar tempo para negociar medidas de pacote de Haddad após derrota em aprovação de urgência

Governos buscam alternativas para evitar impactos negativos na arrecadação com o novo decreto do IOF. A negociação continua enquanto parlamentares pressionam por agilidade na liberação de emendas.

Palácio do Planalto busca negociar medidas fiscais após revés na votação de urgência sobre aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Com a derrota já prevista, o governo quer evitar que o mérito do projeto siga para o plenário, enquanto tenta reduzir a pressão contra as medidas compensatórias que incluem aumento de impostos. Parlamentares criticam as propostas e exigem aceleração na liberação de emendas.

O decreto do IOF prevê arrecadação de cerca de R$ 6 bilhões. A medida provisória poderia gerar R$ 10 bilhões neste ano e R$ 20 bilhões no próximo, taxando títulos isentos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agro (LCA).

Integrantes do governo e parlamentares afirmam que podem haver adequações nas medidas de Haddad, buscando torná-las mais aceitáveis. O pré-acordo foi discutido entre ministros e o presidente da Câmara.

O presidente Lula, em viagem ao Canadá, foi informado sobre a votação e o andamento das negociações.

Na noite de segunda-feira, a Câmara aprovou por 346 a 97 o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que suspende o novo decreto. O governo esperava mais de 300 votos a favor da urgência, que permite votação direta no plenário sem passar pelas comissões.

Ainda não há previsão para a votação do mérito do projeto. A ministra Gleisi Hoffmann declarou que a votação da urgência não afeta a eficácia do decreto e reafirmou a confiança no diálogo com o Legislativo.

"Mais debate sobre a taxação de investimentos poderá avançar a justiça fiscal e social", afirmou em redes sociais.

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