Governo revoga parte de decreto que subiu IOF após repercussão negativa
Governo Lula atende ao apelo do mercado e revoga parte do aumento do IOF, especialmente sobre remessas para fundos no exterior. A alteração visa manter a alíquota em 1,1% e evitar desincentivos a investimentos internacionais.
Governo Lula revoga parte do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado nesta quinta-feira.
O Ministério da Fazenda previa arrecadar entre R$ 20 bilhões e R$ 40 bilhões em 2026, mas revogou a cobrança do imposto em remessas de fundos de investimento para o exterior.
A nova alíquota de 3,5% seria um desincentivo para investimentos, uma vez que atualmente é zero.
A decisão ocorreu após "diálogo e avaliação técnica", diante da reação negativa do mercado. Muitos fundos de investimento dependem de remessas ao exterior.
O Palácio do Planalto convocou uma reunião de emergência com ministros e técnicos para discutir a situação, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava fora de Brasília.
As remessas destinadas a investimentos permanecerão com a alíquota atual de 1,1%. A Fazenda afirmou que a medida foi um ajuste necessário, buscando equilíbrio e ouvindo os interessados.