Governo subestima gastos com Previdência e adia ajuste em despesas no Orçamento
Novo Orçamento de 2025 pode levar a cortes em diversas áreas para acomodar despesas previdenciárias superestimadas. Governo espera avaliar melhor os gastos nos primeiros meses do ano antes de realizar ajustes significativos.
Orçamento de 2025 exige ajustes nas estimativas de despesas após aprovação do PLOA pelo Congresso.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva optou por não realizar ajustes imediatos para monitorar gastos no início do ano.
Gastos previdenciários deverão ser congelados para garantir cumprimento do arcabouço fiscal.
O relator do Orçamento, Ângelo Coronel, recebeu ofício do governo com estimativas:
- Aumento de R$ 8,3 bilhões em benefícios previdenciários;
- R$ 678 milhões para o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
O governo não considerou R$ 9,5 bilhões do "efeito-base" na previsão inicial.
Gastos com a Previdência precisam ser ampliados em, no mínimo, R$ 20 bilhões, segundo consultores da CMO.
A proposta original destinava R$ 1,007 trilhão aos benefícios previdenciários; estimativas apontam que esse valor pode chegar a R$ 1,032 trilhão.
A votação do Orçamento está prevista para a próxima semana, mas pode ser adiada por ajustes políticos.
Relator se opõe à avaliação de que o Orçamento esteja subestimado, afirmando que correções são naturais.
O governo precisa monitorar despesas previdenciárias nos primeiros meses do ano antes de ajustes significativos.
Medidas de contenção devem ser implementadas, incluindo um bloqueio de despesas após a sanção do Orçamento, com autorização para empenhar apenas 1/18 mensal.
Corte de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família será utilizado para compensar gastos adicionais na Previdência.
Economistas alertam que gastos da Previdência estão subestimados e calculam necessidade de um contingenciamento de R$ 32,5 bilhões para atingir meta fiscal.