Governo têm superávit de R$ 17,8 bilhões em abril, melhor resultado para o perído desde 2022
Governos central apresenta superávit primário em abril, superando resultados do ano anterior. Apesar do saldo positivo, a meta fiscal de 2025 ainda representa um grande desafio, exigindo medidas de arrecadação mais rigorosas.
Governo Central registra superávit primário de R$ 17,8 bilhões em abril
O Governo Central, composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, teve um superávit primário de R$ 17,8 bilhões em abril, o melhor resultado para o mês desde 2022.
Esse superávit indica que o governo arrecadou mais do que gastou, excluindo os juros da dívida pública. O valor é superior ao déficit de R$ 12,22 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior.
As despesas totais em abril somaram R$ 194,4 bilhões, com uma alta real de 8,2%.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2025, o governo apresentou um superávit de R$ 72,4 bilhões, comparado a R$ 31,8 bilhões no mesmo período do ano passado.
Meta fiscal e desafios
Apesar do bom desempenho, o governo enfrenta o desafio de zerar o déficit fiscal em 2025, após um resultado negativo de R$ 43 bilhões no ano passado. Com o novo arcabouço fiscal, há uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, cerca de R$ 31 bilhões.
Medida de arrecadação
Para ajudar a cumprir as metas fiscais, o governo aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transações de moeda estrangeira e outros. A arrecadação federal deve aumentar em cerca de R$ 20 bilhões.
No mesmo dia, foi anunciada a annulment da taxação sobre envio de recursos de fundos ao exterior, reduzindo o impacto em R$ 1,4 bilhão.
Contudo, a medida enfrenta resistência no Congresso Nacional, com 20 projetos para derrubá-la. O governo argumenta que a eliminação da medida pode levar a um shutdown, dificultando a manutenção das despesas não obrigatórias.