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Governo Trump acolhe 49 sul-africanos brancos como refugiados

Decisão do governo Trump de acolher sul-africanos brancos como refugiados gera polêmica e críticas sobre a verdadeira necessidade de proteção. Autoridades sul-africanas desmentem alegações de perseguição e afirmam que a manobra é uma tentativa de deslegitimar a democracia do país.

Governo Trump aceita sul-africanos brancos como refugiados

Na segunda-feira, 12, o governo de Donald Trump acolheu 49 sul-africanos brancos como refugiados, alegando que eles enfrentam discriminação e violência em seu país, o que a África do Sul nega. A decisão gerou questionamentos, já que o governo havia suspendido esforços para reassentar outros refugiados.

Os refugiados chegaram ao Aeroporto Internacional Dulles e foram recebidos por autoridades dos EUA. Trump afirmou que genocídio estaria ocorrendo na África do Sul e citou assassinatos de agricultores brancos.

O governo sul-africano considera a manobra de Trump como politicamente motivada e afirma que os africâneres estão entre os mais privilegiados economicamente do país. O ministro Ronald Lamola negou qualquer prova de perseguição a sul-africanos brancos, classificando as alegações como desinformação.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, reiterou que as informações enviadas a Trump eram falsas e pediram compreensão sobre o contexto social e econômico da África do Sul.

Os africâneres, com cerca de 2,7 milhões no total, representam a maior parte da população branca na África do Sul, onde 80% da população é negra. Historicamente, lideraram o sistema de apartheid, que foi abolido em 1994.

Trump havia promovido alegações de genocídio em 2018 e, desde então, a situação de fazendeiros brancos na África do Sul, afetados pela criminalidade, tem sido explorada por comentaristas conservadores.

O programa de refugiados dos EUA geralmente requer comprovações de temor de perseguição, e a aceitação dos africâneres ocorre em meio a ações judiciais para reiniciar programas de reassentamento que foram suspensos desde o início da administração Trump.

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