Governo Trump admite erro em deportação de homem para El Salvador e diz não ter o que fazer
Governo admite erro na deportação de salvadorenho, mas alegações de segurança pública complicam retorno. Justiça americana avalia limites de sua jurisdição em casos de remoção.
Governo Trump admite erro em deportação
O governo de Donald Trump reconheceu, em documento judicial de 31 de outubro, que cometeu um "erro administrativo" ao deportar Kilmar Abrego Garcia para El Salvador. Alega, no entanto, que a Justiça americana não pode trazê-lo de volta.
Este é o primeiro reconhecimento de erro desde que a administração implementou uma política agressiva contra imigrantes, com deportações aceleradas e sem ordem judicial.
Garcia foi deportado em março, para o Cecot (Centro de Confinamento do Terrorismo), apesar de ter proteção contra remoção. Sua defesa afirma: "Embora o ICE estivesse ciente da proteção, ele foi removido devido a um erro." A defesa do governo argumenta que a Justiça não possui jurisdição sobre Garcia após sua deportação.
O governo também destacou que interesses de segurança pública superam as dificuldades enfrentadas pela família de Garcia, que não tem contato com ele desde sua deportação, e questiona a alegação de que ele seria membro de uma gangue criminosa.
Garcia chegou aos EUA em 2011, fugindo de gangues e recebeu proteção legal em 2019. É casado com cidadã americana e tem uma criança com deficiência. A gestão Trump o acusa de ser um perigoso membro da MS-13, gangue salvadorenha.
Seu advogado critica a deportação, afirmando que se o tribunal não pode intervir, as leis de imigração perdem seu sentido, permitindo deportações indiscriminadas.