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Governo Trump ameaça cortar financiamento de rede de museus por exibição de cultura afroamericana

Trump propõe cortes no financiamento do Smithsonian por motivos ideológicos, focando em museus que abordam diversidade cultural. Especialistas criticam a medida como um ataque à liberdade acadêmica e à pluralidade histórica.

Governo Trump ameaçando cortes nos fundos dos museus do Instituto Smithsonian, com foco em três museus específicos.

O decreto de Trump, datado de 27 de março, defende a restauração da "verdade" na história americana e restringe financiamentos a exposições que "degradem valores americanos" e que promovam divisões raciais.

O Smithsonian, com 175 anos de história e 21 museus, receberá cerca de US$ 1 bilhão anualmente, sendo 62% desse valor oriundo do governo federal.

Após o decreto, Kevin Young, diretor do Museu da História e Cultura Africana e Americana, pediu demissão. Seu afastamento, embora não relacionado ao decreto, levantou questionamentos.

Historiadores e pesquisadores criticaram o decreto, considerando-o como censura e um ataque à liberdade de expressão. Mais de 31 organizações assinaram uma carta repudiando a ação, enfatizando que a função dos museus é explorar a complexidade da história.

A Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano na Alemanha e acadêmicos franceses também se manifestaram, condenando a ordem de Trump como um ataque à diversidade e ao discurso intelectual.

O historiador Le Quellec destacou a importância do Smithsonian na promoção do entendimento sobre a história dos povos indígenas e a necessidade de respeitar essa complexidade, enquanto Teyssandier ressaltou que o decreto visa criar uma narrativa que favorece a "América branca".

A reportagem buscou esclarecimentos sobre o impacto do decreto no Smithsonian, mas não recebeu resposta.

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