Governo Trump deixa de colaborar com supervisão de reforma policial focada em direitos de pessoas negras
Decisão do governo Trump encerra acordos de supervisão policial em Minneapolis e Louisville, ignorando violações de direitos civis. Prefeitos das cidades prometem manter reformas, desafiando a nova postura federal.
Fim da supervisão federal sobre as polícias de Minneapolis e Louisville foi anunciado pelo governo de Donald Trump em 21 de março, mesmo após investigações revelarem violações rotineiras dos direitos civis da população negra.
Essa decisão representa um retrocesso nas políticas de responsabilização policial implementadas após os assassinatos de George Floyd e Breonna Taylor, que geraram amplos debates e protestos contra o racismo.
A procuradora-geral Harmeet Dhillon declarou que o controle das polícias deve ficar com as comunidades locais, encerrando processos contra as duas cidades e seis forças policiais em outros estados. Ela enfatizou que a "microgestão federal" deve ser exceção.
Minneapolis e Louisville, embora sem supervisão federal, afirmam que manterão os compromissos com a reforma policial. O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, se comprometeu com a transformação, enquanto o prefeito de Louisville, Craig Greenberg, contratará um monitor independente por US$ 750 mil para acompanhar reformas.
A decisão foi anunciada às vésperas do quinto aniversário da morte de Floyd (25 de março), que chocou o mundo. Quatro policiais deram a sentença após sua morte. O advogado Ben Crump criticou a decisão do Departamento de Justiça, afirmando que "tenta apagar a verdade" e contradiz os princípios de justiça.
Além disso, a gestão Biden iniciará investigações sem acordos vinculativos com os tribunais, o que facilita a reversão das medidas. Ativistas e defensores dos direitos civis expressaram seu descontentamento com a situação atual.