HOME FEEDBACK

Governo Trump dobra tarifas de aço e alumínio para 50%

Medida visa proteger a indústria americana de práticas comerciais desleais, como o dumping. Brasil, principal fornecedor de aço e segundo em alumínio para os EUA, enfrentará impactos significativos com o aumento das tarifas.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou um decreto em 3 de junho de 2025, para dobrar as tarifas de importação de aço e alumínio de 25% para 50%.

O Brasil será um dos países mais afetados, já que os EUA são o maior comprador de aço e o segundo de alumínio brasileiros.

A decisão visa proteger as indústrias americanas de práticas comerciais consideradas desleais. Baseia-se na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962, que permite ajustes em importações por questões de segurança nacional.

O comunicado oficial enfatiza que “os EUA não querem estar em posição de não atender às demandas de defesa nacional e infraestrutura crítica em emergências”.

A medida não foi uma surpresa; Trump já havia anunciado sua intenção em 30 de maio.

O Reino Unido ficará temporariamente isento do aumento, mantendo a tarifa de 25% até 9 de julho de 2025.

As tarifas anteriores, de 25%, entraram em vigor em 12 de março e somaram US$ 5,29 bilhões em exportações para os EUA no ano passado, representando 39,4% das exportações brasileiras.

As novas tarifas se aplicam apenas a produtos que contêm aço e alumínio como componentes, enquanto outros componentes continuarão com tarifas existentes.

O governo endurecerá o controle sobre declarações de importação, exigindo relatórios rigorosos e penalizando empresas que fornecerem informações falsas.

A medida retoma políticas do 1º mandato de Trump, que já havia levado a uma queda de quase ⅓ nas importações entre 2016 e 2020.

Além disso, a utilização da capacidade da indústria siderúrgica caiu de 80% em 2021 para 75,3% em 2023, enquanto a capacidade do setor de alumínio caiu de 61% para 55% no mesmo período.

A restauração das tarifas da Seção 232 foi “amplamente celebrada” pelos setores afetados, de acordo com a Casa Branca.

Leia mais em poder360