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Governo Trump estuda usar verba da Lei dos Chips dos EUA para adquirir participação na Intel

Governo dos EUA busca fortalecer a Intel e a produção local de semicondutores em meio a dificuldades financeiras da empresa. Discussões iniciais incluem a possibilidade de adquirir ações da fabricante utilizando recursos da Lei dos Chips.

A administração Trump está avaliando a possibilidade de adquirir uma participação acionária na Intel utilizando recursos da Lei dos Chips dos EUA (Chips Act). Essa discussão visa fortalecer a produção de semicondutores e ajudar a fabricante de chips em dificuldades.

As negociações estão em estágio inicial e outras opções estão sendo consideradas. Não se sabe se a participação acionária envolveria a conversão de subsídios, a alocação de novos recursos ou uma combinação de financiamentos.

As ações da Intel subiram até 15% após a notícia, indicando um impacto positivo nas finanças da empresa, que recentemente cortou gastos e reduziu o quadro de funcionários.

A Intel já é a maior beneficiária da Lei dos Chips, recebendo US$ 7,9 bilhões em subsídios e até US$ 11 bilhões em empréstimos. O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, permanece no cargo apesar das críticas de Trump.

A Casa Branca e o Departamento de Comércio não comentaram sobre as negociações. Em meio a atrasos na fábrica da Intel em Ohio, Trump pediu a saída de Tan, mas as reuniões recentes podem ter alinhado as duas partes.

Se a participação for concretizada, representará um padrão crescente de intervenções do governo na economia, com Trump apoiando “campeões nacionais” essenciais para a segurança nacional.

A Intel enfrenta dificuldades financeiras e precisa de mais do que capital para recuperar a competitividade — estima-se que cerca de US$ 20 bilhões sejam necessários para ativar a próxima geração de tecnologia de fabricação. O cenário para a política americana de semicondutores continua a evoluir sob a administração Trump.

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