Governo Trump quer enfraquecer ajuda global a países que sofrem com mudanças climáticas, mostra documento
Documento da ONU revela que a administração Trump tenta minar reformas financeiras para países em desenvolvimento, rejeitando termos ligados a clima e sustentabilidade. A posição dos EUA gera preocupações sobre compromissos globais em enfrentar crises climáticas e econômicas.
Documentos internos da ONU revelam que os EUA, sob a administração de Donald Trump, estão tentando enfraquecer um acordo global que ajuda países em desenvolvimento a enfrentar mudanças climáticas.
A Casa Branca se opõe a reformas financeiras que incluem tributação, classificações de crédito e subsídios a combustíveis fósseis. Também deseja remover referências a "clima", "igualdade de gênero" e "sustentabilidade".
A 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FFD4) ocorrerá em junho, em Sevilha, Espanha, visando influenciar instituições financeiras globais. O objetivo é definir regras para financiar metas de desenvolvimento na próxima década.
Com a resistência do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, os EUA buscam desmontar esforços de reforma, incluindo uma proposta para negociar um "pacote de reformas" que melhore a arquitetura financeira internacional.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que os países colaborem em Sevilha. Embora a posição dos EUA tenha se tornado mais rígida, o documento ainda reflete apoio a algumas iniciativas de cooperação entre países em desenvolvimento e o setor privado.
Trump já saiu do Acordo de Paris, cortou drasticamente a ajuda externa ao desenvolvimento e iniciou uma guerra comercial, prejudicando países pobres. Entre as propostas que os EUA se opõem estão as “contribuições globais de solidariedade” e reformas fiscais que favoreçam a transparência e a eliminação de subsídios a combustíveis fósseis.
O documento da FFD4 mostra uma resistência dos EUA a reformas para melhorar a situação de países devedores, incluindo a reavaliação de sistemas de classificação de crédito. A posição americana pode pressionar outros países a aceitar um acordo mais fraco, enquanto as negociações prosseguem até um consenso em junho.