Governo Trump tentou fazer Ucrânia aceitar deportados dos EUA em meio à guerra, mostram documentos
Documentos revelam que a administração Trump buscou deportações de terceiros países para a Ucrânia durante a guerra. A proposta foi feita em um contexto de dependência militar ucraniana, mas não conseguiu aceitação.
Governo Trump pediu à Ucrânia para aceitar deportados: em uma proposta extraordinária, documentos revelam que o governo de Donald Trump solicitou à Ucrânia, no início de 2020, que aceitasse cidadãos de outros países deportados dos EUA, enquanto a nação lutava contra a invasão russa.
Resposta ucraniana: não há evidências de que a Ucrânia tenha considerado seriamente a proposta. Diplomatas afirmaram que o governo ucraniano daria uma resposta quando tivesse uma posição definida, embora a questão não tenha alcançado os níveis mais altos da administração.
Propostas similares: documentos mostram que a proposta foi feita a vários países ao mesmo tempo. O Departamento de Estado defendeu o envolvimento com governos estrangeiros como essencial para combater a migração ilegal.
Objetivos da administração Trump: o governo trabalhou ativamente para aumentar o número de nações dispostas a aceitar deportados, utilizando incentivos e buscando relações melhoradas. Países da América Latina, como México e El Salvador, foram abordados, com alguns já concordando em receber deportados.
Análise da estratégia: especialistas, como Yael Schacher, destacam que a abordagem de Trump é atípica, com arranjos ad hoc e financeiras sendo oferecidas em troca da aceitação de deportados.
Tensões com a Ucrânia: A retórica de Trump em relação à Ucrânia se intensificou, especialmente durante uma reunião com o presidente Volodimir Zelenski, quando as exigências começaram a aumentar.
Exemplo de Ruanda: A administração também estabeleceu um acordo com Ruanda, que aceitou deportados em troca de pagamento, um movimento visto como parte da estratégia de ajudar a concluir conflitos.
Outras nações envolvidas: Discussões sobre deportações foram também conduzidas com o Uzbequistão e a Geórgia, visando utilizar esses países como pontos de trânsito para deportações de nacionais de terceiros países.
Contexto atual: O diálogo sobre deportações com a Ucrânia é considerado incomum e não parte das práticas diplomáticas usuais do governo anterior. A situação permanece dinâmica e continua a ser monitorada.