Governo Trump volta a criticar Moraes, e Itamaraty reage: 'Ataque frontal à soberania'
Governo brasileiro reage com indignação às críticas dos EUA ao STF e à gestão de Lula. Crise diplomática se intensifica após sanções e declarações do ex-presidente Trump.
Crisem entre EUA e Brasil: Uma mensagem postada pelo vice-secretário do Departamento de Estado dos EUA, Christopher Landau, e recompartilhada pela embaixada dos EUA, crítica o ministro do STF, Alexandre de Moraes, acusando-o de "poder ditatorial" e afirmando que ele "destruiu a relação histórica" entre os dois países.
O governo brasileiro considerou as declarações como um "ataque frontal à soberania". A ministra Gleisi Hoffmann classificou a mensagem como "arrogante" e uma "gravíssima ofensa ao Brasil". O STF não comentou o caso.
Além disso, a Embaixada dos EUA havia feito advertências anteriores a Moraes, chamando-o de "principal arquiteto da censura" em relação a Jair Bolsonaro e seus apoiadores, citando "flagrantes violações de direitos humanos" que resultaram em sanções.
Convocação do Itamaraty: Após a publicação, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios da embaixada para uma reunião em Brasília.
Carta de Trump: Em 9 de julho, Donald Trump enviou uma carta a Luiz Inácio Lula da Silva, anunciando tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, justificando com motivos políticos relacionados ao tratamento dado ao ex-presidente Bolsonaro.
Lula respondeu criticando a "ingerência" dos EUA na soberania do Brasil e a intromissão no Judiciário.
Investigação das práticas comerciais: Trump também iniciou uma investigação sobre "práticas comerciais desleais" do Brasil, sem citar diretamente o Pix.
Sanção a Moraes: Moraes foi sancionado pela Lei Magnitsky, bloqueando seus ativos nos EUA e proibindo sua entrada no país. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, já havia revogado o visto de Moraes e seus aliados.
Em 4 de agosto, Moraes decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, alegando descumprimento de ordens restritivas anteriores.