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Governo vai deixar tudo pronto para CNU em 2027, diz ministra

Governo planeja edições bianuais do concurso até 2027, com foco na equidade de gênero e inserção de cotas raciais. Contestação do MPF questiona falhas na efetividade das cotas e processos de heteroidentificação.

Governo Federal planeja que o CNU (Concurso Nacional Unificado) se torne bianual com a próxima edição prevista para 2027, conforme afirmou Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação.

Dweck destacou a intenção de tornar a política permanente, similar ao Enem. A próxima edição não ocorrerá em 2026, mas volta a ser esperada em 2027, visando menos vagas por área, reduzindo choques entre gerações.

Em 2023, o concurso oferece 3.652 vagas em 36 órgãos públicos, com salários de até R$ 16 mil. As inscrições vão até 20 de julho, com taxa de R$ 70.

A frequência do CNU ajudaria na reposição de servidores, visto que 181 mil se aposentariam entre 2024 e 2035. Dweck mencionou que as contratações serão inferiores às saídas, influenciadas pela digitalização.

O edital será unificado em nove blocos temáticos. Uma regra recente assegura que mulheres sejam pelo menos 50% das classificadas para a prova discursiva em cada cota. No CNU 2024, elas foram 56% das inscrições, mas apenas 37% dos aprovados.

Além da equidade de gênero, o CNU incluirá cotas para pessoas negras, indígenas e quilombolas.

O MPF pediu a suspensão do CNU, alegando falhas nas cotas raciais e nos resultados das bancas de heteroidentificação. As mudanças na avaliação permitem recurso para reavaliar a autodeclaração.

Ainda segundo Dweck, a AGU defende a legalidade do concurso e se compromete a seguir uma eventual decisão judicial.

Avaliação de soft skills está em discussão, mas não será implementada nesta edição, conforme a ministra.

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