Governo vai perseguir centro da meta de gastos, diz Haddad
Ministro da Fazenda reafirma compromisso com a meta de gastos primários para 2025, apesar dos desafios. Haddad destaca a importância de ajustes na política fiscal e a necessidade de equilibrar a política econômica com a realidade do país.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o foco do governo é cumprir a meta central de gastos primários do Orçamento federal, sem a necessidade de atingir valores específicos.
A legislação estabelece uma meta de resultado primário neutro, com variação de 0,25% do PIB para 2025. O Congresso Nacional aprovou a Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, prevendo um superávit de R$ 15 bilhões, considerando R$ 44 bilhões para precatórios.
Haddad mencionou que o governo cumpriu a meta no ano passado, mesmo considerando as variáveis políticas. Durante um evento, ele reafirmou que o objetivo é perseguir as metas estabelecidas, apesar das pressões para ajustes. Entretanto, admitiu que cumprir a meta não será tranquilo.
Ele elogiou a arquitetura do arcabouço fiscal de 2023, mas não descartou possíveis ajustes futuros. "Ajustar a engenharia não fere o princípio geral", disse. Essas declarações, no entanto, geraram preocupações no mercado, resultando em uma tensão momentânea no valor do dólar.
Haddad defendeu uma nova linha de crédito consignado, permitindo que mais trabalhadores tenham acesso a empréstimos com juros baixos. Apesar das críticas sobre o endividamento, ele reforçou a necessidade de criar condições econômicas mais saudáveis no Brasil, sem confundir as políticas fiscais e monetárias.