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Governo vai precisar de mais dinheiro para a saúde e menos para a educação, diz estudo do Tesouro

Estudo do Tesouro Nacional aponta a necessidade crescente de investimentos em saúde, impulsionada pelo envelhecimento da população, e redução nas despesas com educação. A previsão é que, em dez anos, faltará recurso para cumprir os pisos constitucionais, pressionando o arcabouço fiscal.

Estudo do Tesouro Nacional aponta que o governo brasileiro precisará de R$ 93 bilhões a mais para a saúde e R$ 22,7 bilhões a menos para a educação nos próximos dez anos.

A mudança decorre do envelhecimento populacional e da redução no número de crianças, impactando a demanda por educação e aumentando a necessidade de serviços de saúde do SUS.

O estudo foi enviado ao Congresso Nacional juntamente com o anexo de riscos fiscais do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026.

A equipe econômica alertou que, se mantido o atual arcabouço fiscal, haverá falta de recursos para investimentos e despesas na saúde e educação até 2027.

  • Pressão total por aumento de despesas: R$ 70,3 bilhões.
  • Saúde: R$ 93 bilhões.
  • Educação: -R$ 22,7 bilhões.

O arcabouço fiscal limita o crescimento das despesas a 2,5% acima da inflação, porém os gastos em saúde e educação são vinculados à arrecadação, pressionando outros recursos.

A proposta de unificação dos pisos para saúde e educação foi rejeitada pelo Congresso, e tentativas do governo atual de alteração também não avançaram.

Estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) destaca que o aumento nos custos, novos insumos e tecnologias exigirão 3,9% a mais anualmente para a saúde, superando o limite do arcabouço fiscal.

A demanda por saúde em 2030 pode ser R$ 29,7 bilhões maior do que o mínimo constitucional, alertando sobre a necessidade de decisões políticas urgentes quanto ao financiamento.

Analistas ressaltam a importância de um equilíbrio fiscal e um planejamento adequado para atender à saúde, evitando um colapso orçamentário no futuro.

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