Governo vê convergência com evangélicos, mas patina na aproximação
Análise do governo aponta dificuldades na conexão do presidente Lula com evangélicos, apesar de tentativas de aproximação. Rejeição ao governo entre católicos e evangélicos cresce, evidenciando um estranhamento persistente entre os grupos.
A análise do governo Lula indica uma convergência entre as pautas sociais do PT e as preocupações dos evangélicos, mas há uma barreira na comunicação com este grupo.
O PT lançou um curso "Fé e Democracia para Evangélicos e Evangélicas" para sua militância, visando dialogar com líderes evangélicos, mas o curso foi visto como um primeiro passo.
O presidente Lula enfrenta desafios desde o início do mandato para se conectar com os evangélicos. A desconfiança é amplificada pela proximidade dos evangélicos com a direita e os apoiadores de Jair Bolsonaro.
Embora tenha lançado a campanha "Fé no Brasil", a iniciativa não teve a adesão esperada. Lula escreveu uma carta à Marcha para Jesus em 19 de junho de 2025, mas não compareceu ao evento, alegando compromissos de governo.
Na última marcha, o advogado-geral da União, Jorge Messias, representou Lula e não foi vaiado, diferentemente de 2023.
A rejeição ao governo entre católicos e evangélicos aumentou. Para os católicos, 48% desaprovam a administração, e entre os evangélicos, a desaprovação chega a 70%, um aumento de 14 pontos desde janeiro de 2023.
A pesquisa do PoderData foi realizada entre 31 de maio e 2 de junho de 2025, com 2.500 entrevistados e margem de erro de 2 pontos percentuais. A tendência mostra uma perda de apoio do governo Lula nesses grupos.