Governo vê judicialização do IOF como forma de abrir negociação com o Congresso
Lula aciona o STF para contestar a derrubada do decreto do IOF, buscando reverter a situação no Congresso. Auxiliares veem a judicialização como uma chance de negociação, apesar da antecipação da disputa eleitoral de 2026.
Decisão de Lula: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a derrubada do decreto que alterava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Ação vista como uma tentativa de voltar ao jogo e abrir uma frente de negociação. Auxiliares do governo afirmam que a judicialização é a reação natural após o Congresso avançar sobre a prerrogativa do Executivo.
O governo considera que a cúpula do Congresso quebrou um acordo para resolver o impasse sobre o IOF. Após o ultimato do presidente da Câmara, Hugo Motta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, leu uma minuta de medida substitutiva. Contudo, Motta pautou a urgência do projeto que derrubaria o decreto.
A quebra do acordo e a derrota do governo na votação uniram ministros divergentes, como Haddad e Gleisi Hoffmann, em uma agenda eleitoral com o discurso de “ricos contra pobres”.
A estratégia é enfatizar que bilionários, bancos e empresas de apostas devem ajudar os mais pobres. Um interlocutor avaliou que a oposição arriscou ao tentar “fazer um governo sangrar”, e que agora, mesmo com a oposição favorita para 2026, Lula está de volta ao jogo.