HOME FEEDBACK

Grandes empresas intensificam compra de energia de novas fazendas eólicas e solares

Empresas intensificam investimento em energia renovável através de acordos de longo prazo. A demanda crescente por eletricidade sustentável é um reflexo da pressão para reduzir subsídios e garantir viabilidade financeira.

Grandes empresas estão intensificando a compra de energia de novas fazendas eólicas e solares, impulsionando a indústria de renováveis em meio a restrições financeiras governamentais.

Os acordos de compra de energia de longo prazo (PPAs) aumentaram 35% no ano passado, com destaque para os EUA, onde empresas de tecnologia investem em renováveis.

O analista Nayel Brihi, da BloombergNEF, observou que a Amazon foi a líder nesse setor, seguida por empresas de químicos, mineração e matérias-primas, especialmente em países em desenvolvimento.

Markus Krebber, CEO da RWE, destacou a necessidade de compromissos de longo prazo para novos projetos de energia eólica offshore, alertando que sem esses acordos, os custos de financiamento podem sair de controle.

A Dinamarca suspendeu leilões de energia eólica offshore após não receber propostas viáveis. Krebber comentou que "sem mercados seguros, os licitantes hesitam" e previu uma desaceleração no desenvolvimento de renováveis devido a taxas de juros altas e outros fatores.

A capacidade eólica nova na Europa caiu 13% no último ano, e as novas fazendas solares na UE desaceleraram em 92%. Um banqueiro do setor afirmou que ainda há capital disponível para novos projetos, se houver acordos de longo prazo.

A Arla, uma das maiores empresas de laticínios, assinou cinco PPAs e se comprometeu a usar 100% de energia renovável na Europa por meio de novos projetos. A Unilever também busca aumentar seus PPAs, promovendo preços de energia previsíveis e mitigando riscos para desenvolvedores.

Brihi prevê que o aumento nos PPAs continuará, impulsionado por centros de dados e empresas da iniciativa RE100, apesar de representarem ainda uma pequena parte das adições totais de energia renovável.

Leia mais em folha