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Grandes frigoríficos apresentam resultados mistos no trimestre, sob ameaça do tarifaço

Resultados financeiros dos frigoríficos refletem o impacto do ciclo pecuário negativo nos EUA e desafios com a gripe aviária no Brasil. JBS e Minerva registram lucros significativos, enquanto BRF enfrenta quedas devido a embargos sanitários.

Frigoríficos no segundo trimestre de 2025 apresentam resultados mistos, influenciados pelo ciclo pecuário negativo nos EUA e pela gripe aviária no Brasil.

Os frigoríficos relataram que a sobra de 50% imposta pelos EUA afeta os lucros, mas estão redirecionando exportações para outros mercados.

A JBS, maior empresa de carnes do mundo, anunciou nesta quarta-feira (15) um recorde de US$ 21 bilhões em receita trimestral e um lucro líquido de US$ 528,1 milhões, alta de 60,6% em relação ao ano anterior. O desempenho foi impulsionado pela subsidiária Pilgrims Pride e operações de carne bovina brasileira e australiana.

O CEO Gilberto Tomazoni mencionou a fraqueza nos negócios de carne bovina nos EUA, devido ao aumento de preços.

A Marfrig teve um lucro líquido de R$ 85 milhões, crescimento de 13% ano a ano, e receita líquida de R$ 37,8 bilhões, alta de 8,6%, beneficiada pela operação na América do Sul.

A Minerva registrou um lucro líquido de R$ 458,3 milhões, um salto significativo comparado a R$ 95,4 milhões no ano anterior. Quase 60% da receita bruta veio do mercado externo.

A empresa afirmou que o ciclo pecuário negativo nos EUA abre oportunidades para exportadores sul-americanos, além de destacar a demanda chinesa como um fator positivo.

A BRF enfrentou desafios devido à gripe aviária, resultando em um lucro líquido de R$ 735 milhões, queda de 32,8% em relação ao ano passado. Executivos relataram que redirecionaram produtos de frango para o mercado interno devido a embargos sanitários.

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