Greve de petroleiros nesta quarta (26) envolve home office, PLR e plano de carreira
Sindicatos de petroleiros organizam greve em protesto contra mudanças no trabalho remoto e redução de benefícios. Trabalhadores exigem melhores condições e contratações na Petrobras, enquanto a empresa argumenta que as mudanças são necessárias para seu plano estratégico.
Greve de 24 horas está agendada para esta quarta-feira (26) por sindicatos da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros).
Os trabalhadores protestam contra:
- Redução de dias em home office;
- Diminuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados);
- Cobrança pela contratação de funcionários.
Além disso, pedem melhores condições para prestadores de serviços e o equacionamento do déficit do plano Petros.
A Petrobras afirmou que foi notificada das mobilizações e que mantém diálogo com os sindicatos.
Eduardo Henrique, da FNP, destaca a redução do home office como motivação principal. Em abril, haverá mudanças no modelo de trabalho, passando a três dias presenciais por semana.
Sindicatos também se opõem à diminuição da remuneração variável, temendo impacto na PLR e demais benefícios.
A greve é também uma resposta à gestão de Magda Chambriard, com críticas sobre a falta de diálogo.
A Petrobras defende os ajustes como necessários aos desafios da companhia e afirma ter enviado proposta de acordo sobre o modelo híbrido, além de garantir contrato de PLR para 2024/2025.
A companhia anunciou a contratação de mais de 1.900 novos funcionários em 2024, com previsão de mais 1.780 em 2025.
A paralisação focará nas instalações terrestres da empresa e será mais intensa em terminais e refinarías. Cibele, da FUP, afirma que a greve não deve afetar a população.
Após aprovação em assembleias, sindicatos notificaram a Petrobras para negociar um plano de contingência para manter operações essenciais.
A FUP representa 25 mil empregados enquanto a FNP representa mais de 50 mil. A greve está prevista para durar 24 horas, buscando uma relação construtiva entre trabalhadores e empresa.
Sindicatos criticam a distribuição de dividendos da Petrobras, que anunciou R$ 9,1 bilhões em dividendos, totalizando R$ 75,8 bilhões em 2024.
A última greve aconteceu em fevereiro, também devido à proposta de redução do trabalho remoto.
Em 2020, a categoria parou por 20 dias em protesto contra demissões, envolvendo refinarias e plataformas.