Greve na Argentina contra reajustes de Milei faz voos serem cancelados e afeta circulação de metrô
Greve geral na Argentina evidencia insatisfação popular com cortes de gastos e medidas de ajuste fiscal do governo Milei. A mobilização causa impactos significativos no transporte e na aviação, afetando milhares de cidadãos e evidenciando a oposição à gestão atual.
A Argentina enfrenta nesta quinta-feira (10) sua terceira greve geral em protesto contra as medidas de ajuste fiscal do governo de Javier Milei.
A mobilização, organizada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), envolve sindicatos de transporte, educação, saúde e administração pública, resultando em:
- Voos cancelados;
- Interrupção do metrô e trens em Buenos Aires.
Diferentemente das greves anteriores, a adesão foi mista, com o principal sindicato dos motoristas de ônibus não participando. Assim, viaturas de transporte público e muitas lojas continuaram funcionando.
Mais de 250 voos foram cancelados, afetando 20.000 passageiros, com um custo estimado de 3 milhões de dólares (17 milhões de reais) para a Aerolíneas Argentinas.
A CGT critica o ajuste fiscal, que impacta desproporcionalmente trabalhadores e aposentados, e exige:
- Aumentos salariais;
- Retomada de obras públicas;
A “ação sindical” de 36 horas começou em 9 de maio e inclui uma manifestação em frente ao Congresso.
O governo argumenta que as medidas de corte são essenciais para a recuperação econômica, com a inflação apresentando queda de 289% em março de 2024 para 66% em fevereiro de 2025. Contudo, mais de 54% da população vive em pobreza, embora tenha caído para 38% no segundo semestre de 2024.
A greve reflete a deterioração do clima social após demissões e 15 meses de queda no consumo. O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou revisão de um acordo de 20 bilhões de dólares em breve.
*Com informações da AFP.
Publicado por Sarah Paula