HOME FEEDBACK

Gripe aviária: analistas minimizam impacto nas exportações, mas não descartam alta nos preços de aves e ovos. Entenda

China, UE e Argentina suspendem compras de frango brasileiro após caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul. O Ministério da Agricultura assegura que não há risco para a saúde humana e que medidas de contenção já estão em vigor.

Gripe aviária detectada no Rio Grande do Sul leva China, UE e Argentina a suspender compras de frango brasileiro.

Este é o primeiro foco da doença em uma granja comercial no Brasil. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) afirma que não há risco para a saúde humana e já tomou medidas para evitar a disseminação.

A suspensão das compras afeta não só o Rio Grande do Sul, mas o país todo. O Mapa suspendeu as exportações de carnes de frango do estado imediatamente.

A China suspendeu as compras por 60 dias, enquanto a Argentina fará o mesmo até que o Brasil seja certificado como livre da gripe.

Analistas, como José Carlos Hausknecht da MB Agro, acreditam que o impacto sobre os preços do frango será limitado, com a quantidade destinada ao exterior não superando 10% do mercado nacional.

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, vê possibilidade de flexibilização dos embargos, ressaltando que os princípios de regionalização são aceitos mundialmente.

O Brasil é o terceiro maior produtor de carne de frango, com 14,97 milhões de toneladas, e o maior exportador, com 5,29 milhões de toneladas.

Há preocupação com a inflação, e o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, acredita que um aumento de preços é mais provável do que uma queda, caso a doença se espalhe.

Atualmente, o impacto parece controlado, uma vez que o vírus está restrito ao Rio Grande do Sul, afetando menos de 15% do total do país.

Vírus circula desde 2006 e o Brasil monitorava a gripe aviária antes de identificar o primeiro caso este ano. O país era o único sem registros da doença.

Leia mais em o-globo