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Groenlândia chama de 'interferência estrangeira' a visita de uma delegação americana

Primeiro-ministro da Groenlândia rejeita visita de delegação dos EUA como "interferência estrangeira". Ele destaca a necessidade de respeitar a autodeterminação do território e afirma que não haverá encontros oficiais até a formação de um novo governo.

Primeiro-ministro interino da Groenlândia, Mute Egede, classifica visita de delegação dos EUA como “interferência estrangeira” e afirma que não haverá “nenhuma reunião” com os enviados.

A visita, liderada por Usha Vance, esposa do vice-presidente dos EUA, inclui o conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz e o secretário de Energia Chris Wright. Chegada está marcada para quinta-feira.

Egede ressaltou em publicação no Facebook a necessidade de respeito pela integridade e democracia da Groenlândia. A delegação dos EUA pretende construir parcerias e reforçar a cooperação econômica.

Usha Vance viajará para celebrar a cultura local durante corrida de trenós puxados por cães.

No entanto, Egede reiterou que reuniões só ocorrerão após posse do novo governo. Ele critica a presença de Waltz, considerando-a uma provocação e uma demonstração de poder.

Jens-Frederik Nielsen, provável sucessor de Egede, descreveu os comentários de Trump sobre anexar a Groenlândia como "inapropriados".

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, afirmou que nem Dinamarca nem Groenlândia solicitaram as viagens, enfatizando que a situação deve ser levada a sério.

Os EUA mantêm presença militar na Groenlândia há 75 anos, com destaque para a base de Pituffik. Existe um interesse em explorar recursos minerais essenciais da ilha.

Com população de cerca de 57 mil habitantes, a Groenlândia continua a reforçar sua autonomia desde 2009, administrando seus próprios recursos naturais, embora a Dinamarca ainda controle defesa e política externa.

Uma pesquisa indicou que 85% da população rejeita a ideia de se tornarem parte dos EUA. Egede afirma que os groenlandeses apenas buscam ser diplomáticos e rebater a missão de Trump de controlar a Groenlândia.

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