Groenlândia diz que recorrerá à China se EUA e UE rejeitarem seu setor de mineração
Groenlândia busca novos investidores para seu setor de mineração e está disposta a firmar parcerias com a China caso não haja interesse dos EUA e da UE. A ministra de negócios destaca a necessidade de diversificação e a urgência em encontrar novos parceiros no desenvolvimento mineral da ilha.
Groenlândia anunciou disposição para parceria com a China no setor de mineração, caso Estados Unidos e União Europeia (UE) não demonstrem interesse.
A ministra de negócios e recursos minerais, Naaja Nathanielsen, afirmou ao Financial Times que a Groenlândia busca desenvolver e diversificar seu setor empresarial, necessitando de investimentos externos.
Ela destacou que a associação com parceiros europeus e americanos é desejada, mas abrirá espaço para a China se não houver interesse. Nathanielsen comentou sobre a nova ordem mundial e os riscos dos investimentos chineses e americanos.
A ministra considera a UE como uma "boa combinação", devido à sua demanda por minerais e alinhamento com métricas ambientais. A Groenlândia possui grandes depósitos de ouro e cobre, localizados em uma região crucial do Ártico.
Nathanielsen também mencionou que o atual memorando com os EUA, assinado durante a presidência de Donald Trump, está expirando, e tentativas de renovação durante o governo de Joe Biden não tiveram sucesso. Trump tinha interesse em tomar posse da Groenlândia, inclusive com uso de força militar.
A ministra finalizou, afirmando que "não têm desejo de se tornarem americanos".