Grupo de extrema direita que criou Estado paralelo é proscrito na Alemanha
Grupo extremo é banido por tentar estabelecer um Estado paralelo na Alemanha, com estruturas econômicas fraudulentas. A operação resultou na prisão de quatro indivíduos, incluindo o autoproclamado rei da organização, Peter Fitzek.
Grupo de extrema direita na Alemanha proscrito
Um grupo de extrema direita, que tentava criar um Estado paralelo, foi proscrito na Alemanha nesta terça-feira (13). A operação em sete estados resultou na prisão de quatro pessoas, incluindo o mentor Peter Fitzek, auto-intitulado Peter 1º, dirigente do "Reino da Alemanha" (KRD).
Fitzek, figura pública com histórico criminal, declarou que sua prisão era "ilegal e ilícita". O KRD faz parte do movimento "Cidadãos do Reich", que não reconhece a Alemanha atual como um Estado legítimo.
O ministro do Interior, Alexander Dobrindt, anunciou o banimento e afirmou que o KRD tem cerca de 6.000 integrantes e operava com estruturas econômicas criminosas, como banco e cartório. Dobrindt ressaltou que o grupo sustenta sua narrativa de poder com conspirações antissemitas.
A operação também reflete uma resposta do novo governo conservador CDU/CSU à impopularidade e à ascensão da AfD, partido de extrema direita. O braço financeiro do KRD atraía depósitos com promessas de isenção fiscal e seguradoras de saúde e pensão.
Segundo o Escritório Federal de Proteção à Constituição, o movimento "Cidadãos do Reich" conta com ao menos 25.000 participantes e está em crescimento. Especialistas notam paralelos com o QAnon, destacando teorias de controle mundial por elites judias.
Em março, integrantes de outra facção do movimento foram condenados por tentativas de golpe de Estado, incluindo o plano de sequestrar o então ministro da Saúde, Karl Lauterbach.