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Guerra comercial vai aliviar inflação no Brasil, avalia maioria dos economistas consultados pelo BC

Economistas analisam que a guerra comercial entre EUA e China pode beneficiar a inflação no Brasil. A maioria das previsões sugere impactos desinflacionários, embora incertezas persistam sobre o cenário global e a economia local.

Economistas consultados pelo Banco Central projetam que a guerra comercial dos EUA trará alívio para a inflação no Brasil.

Em um levantamento com 127 respostas, 63% dos economistas acreditam que o impacto será desinflacionário, 23% veem neutralidade e 14% prevêem mais inflação.

As respostas ajudaram na decisão do Copom sobre a taxa Selic, que atingiu 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas.

O Brasil sofreu tarifas de 10% nas exportações para os EUA e tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio antes da guerra comercial.

O governo de Lula iniciou tratativas com os EUA antes do início das tarifas, mantendo diálogo em nível ministerial, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Na última ata do Copom, foi incluído o risco de queda nos preços de commodities, mas o acordo recente entre EUA e China gera incertezas.

O comitê mencionou que a incerteza aumenta devido a:

  • Tarifas do governo Trump;
  • Respostas de países e empresas;
  • Impactos nas cadeias globais de produção;
  • Reações dos consumidores.

"O cenário apresenta maior incerteza, alterando decisões de investimento e consumo", afirmou o documento.

O efeito na economia doméstica é indeterminado, embora o Brasil pareça menos afetado que outros países, mas enfrenta desafios no cenário global.

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