Guerra contra o Irã não acabou, diz Israel, que muda foco para Gaza
Israel considera que a ameaça do Irã foi adiada, mas o foco agora se volta para a vitória sobre o Hamas na Faixa de Gaza. A guerra continua, com a crise humanitária se aprofundando e 50 reféns ainda sob cativeiro.
Forças de Defesa de Israel avaliam que o programa nuclear e de mísseis do Irã foi adiado, não destruído.
A guerra contra a teocracia persiste mesmo com o cessar-fogo que começou em 24 de outubro. O foco agora é o colapso do Hamas na Faixa de Gaza.
O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, afirmou: "Um capítulo significativo terminou, mas a campanha contra o Irã não acabou". Ele explicou que o programa nuclear do Irã foi adiado em anos, mas é necessário continuar a pressão.
Essas declarações contrastam com a propaganda de Donald Trump, que declarou ter obliterado o programa nuclear iraniano após atacar centrais nucleares no sábado (21).
A situação é crítica, pois o Irã ainda possui 400 kg de urânio enriquecido a 60%, próximos dos níveis necessários para a bomba.
Israel aproveita a atual fraqueza militar do Irã para pressionar o Hamas a se render, enquanto a guerra continua com novos ataques.
Na terça, ataques atingiram grupos de palestinos buscando ajuda humanitária, resultando na morte de 44 pessoas, somando aos mais de 56 mil mortos no conflito.
A ONU estima que mais de 90% dos prédios na região foram destruídos, e a crise humanitária é alarmante, com cerca de 2 milhões de moradores vivendo entre ruínas.
Israel impõe um bloqueio sistemático ao território e fornece ajuda considerada insuficiente, agravando a fome.
O premiê Binyamin Netanyahu enfrenta desafios políticos e pressões de ultradireitistas em seu gabinete, que exigem ação militar sem acordos com o Hamas.
A crise do cativeiro de reféns aumenta a tensão interna, e há a possibilidade de perder apoio parlamentar, especialmente considerando suas questões legais pessoais.