Guerra de mentira
Oito décadas após o fim da 2ª Guerra Mundial, novas revelações sobre a espionagem e a desinformação revelam o impacto de operações secretas nas vitórias aliadas. O papel crucial da decodificação da máquina Enigma e as consequências das bombas atômicas reabrem debates sobre a ética da guerra e a verdade histórica.
80 anos do 1º dia sem mortes na 2ª Guerra: O evento ocorreu em 9 de maio, **um dia após o armistício formal de 8 de maio**. No Pacífico, a guerra prosseguiu por mais 3 meses.
A atração cultural pela 2ª Guerra gerou uma infinidade de livros e filmes, mas a lealdade aos fatos é frequentemente negligenciada.
Após 30 anos do fim da guerra, pesquisadores dos EUA revelaram acordos secretos entre Grã-Bretanha e EUA, firmados em 1945, que proibiam a divulgação de operações, especialmente sobre comunicação inimiga.
Esses acordos visavam proteger a imagem estratégica dos países aliados. A revelação veio do capitão reformado Frederick Winterbotham, que publicou o livro The Ultra Secret, revelando que os aliados conheciam planos alemães graças à máquina de criptografia Enigma.
O jovem matemático Alan Turing criou a contra-enigma Ultra, um marco na informática. O sistema Ultra foi crucial em várias batalhas da guerra, permitindo que os aliados antecipassem movimentos inimigos.
Apesar de receber informações, os ingleses **não compartilharam totalmente** o sistema Ultra com os EUA. O cuidado inglês não impediu que os EUA abatram o avião do almirante japonês Yamamoto, prolongando a guerra.
Bombas atômicas que encerraram a guerra causaram mais de 200 mil mortes, justificadas pelos EUA como forma de evitar uma invasão que resultaria em 500 mil mortes. Contudo, comunicações japonesas captadas antes do ataque indicavam disposição para render-se, a depender da preservação do imperador.
A luta contra a desinformação persiste, refletindo as tensões da época.