Guerra em Gaza é imoral e deve acabar, diz carta assinada por mais de mil militares de Israel
Militares israelenses emitem carta aberta pedindo o fim da guerra em Gaza, alegando que o conflito se tornou imoral e prejudicial à segurança nacional. A iniciativa já conta com mais de 1.200 assinaturas e reflete o crescente descontentamento tanto entre as forças armadas quanto entre a população.
Pressão sobre o governo israelense: O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu enfrenta crescente pressão interna e externa devido à destruição na Faixa de Gaza.
Segundo o jornal Haaretz, militares de Israel estão preparando uma carta aberta afirmando que a guerra se tornou imoral e deve ser encerrada.
A carta, já com mais de 1.200 assinaturas, inclui oficiais em serviço e da reserva. O texto exige que o governo e o chefe do Estado-Maior parem a guerra e retornem todos os reféns.
A mensagem destaca que a continuidade da guerra vai contra a vontade da maioria do público e pode resultar em mais mortes, incluindo de soldados e civis inocentes, além de potenciais crimes de guerra.
Os militares afirmam que o conflito se transformou em uma guerra política que não serve à segurança de Israel e é considerada imoral. A carta critica a ocupação de Gaza e a visão de uma minoria messiânica na sociedade israelense.
Este é um esforço semelhante ao de uma carta anterior, escrita por cerca de mil membros da Força Aérea em abril, que pedia o retorno dos reféns, mesmo com o risco de interromper os combates.
A resposta do governo àquela carta foi a demissão de alguns signatários, mas isso resultou em mais adesões, incluindo de ex-chefes do Mossad e um ex-chefe do Estado-Maior.
Na ocasião, os militares alertaram que continuar a guerra não alcançaria seus objetivos e exigiram ações da população israelense para parar a guerra e retornar os reféns, enfatizando os riscos diários à vida dos envolvidos.