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Guerra tarifária torna ainda mais desafiador o ajuste fiscal no Brasil, diz diretor executivo do FMI

FMI alerta para desafios econômicos no Brasil diante da instabilidade nas relações comerciais entre EUA e China. Diretor destaca que a volatilidade nos mercados pode complicar ajuste fiscal e impactar o crescimento do país.

Acordo EUA-China é temporário e poderá intensificar a volatilidade nos mercados, afetando o Brasil, segundo André Roncaglia, diretor do FMI para o Brasil.

Roncaglia destaca que, com a guerra tarifária, a gestão fiscal de Fernando Haddad se tornará mais desafiadora, especialmente com juros altos.

O foco deve ser na qualidade do gasto público e na redução de despesas, enfrentando distorções, como a do salário mínimo e os gastos com Previdência, tema sensível politicamente.

A percepção do FMI é que a administracão Trump utiliza a incerteza como ferramenta de negociação, redefinindo regras comerciais e usando tarifas para barganhar.

Roncaglia afirma que esta lógica prevalecerá, pois acordos são temporários, e a situação deve causar desarranjo nas cadeias globais de valor até novos equilíbrios se estabelecerem.

Apesar das incertezas, o Brasil é visto como uma economia sólida, com resiliência e boas ferramentas para enfrentar a volatilidade da geopolítica.

O FMI não considera o Brasil uma prioridade de preocupação, dada a sua exposição limitada ao comércio internacional, embora a volatilidade cambial e seus impactos na inflação sejam monitorados.

A previsão inicial é uma desaceleração do crescimento no Brasil, de 2,2% para 2%, segundo o staff do FMI.

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