Guerra tecnológica da IA chega ao espaço: China põe em órbita supercomputador
China avança na corrida espacial com satélites que funcionarão como data centers, enquanto EUA enfrentam desafios por cortes orçamentários na Nasa. Especialistas alertam para as implicações estratégicas e de segurança do novo projeto chinês.
A guerra tecnológica da IA e a corrida espacial ganham novos contornos com o lançamento de satélites pela China, que funcionarão como data centers orbitais.
A Nasa enfrenta desafios como cortes orçamentários e a retirada de indicações importantes, enquanto a China avança em sua ambição espacial.
O general Stephen Whiting, do Comando Espacial dos EUA, destacou que a China “avançou de forma impressionante” em seu programa, e o chefe do Estado-Maior da Defesa da Índia também reconheceu os avanços notáveis do país.
Recentemente, a China lançou 12 satélites equipados com um supercomputador de IA, que processarão e analisarão dados em órbita, evitando problemas de transmissão para a Terra. Essa tecnologia tem potencial para respostas a emergências, jogos imersivos e simulações digitais.
Os satélites têm a capacidade de processar dados de forma independente, eliminando a necessidade de centros de dados tradicionais. Apesar disso, o astrônomo Jonathan McDowell expressa ceticismo quanto ao custo-benefício dessa tecnologia no espaço.
Centros de dados orbitais podem ser cruciais em conflitos militares, reduzindo a latência de dados e garantindo comunicações seguras. Namrata Goswami, especialista em política espacial, afirma que isso marca uma grande mudança na competição entre EUA e China.
Goswami alerta que a China busca controlar a infraestrutura digital para operações militares no futuro. A capacidade de processar dados comprados em órbita pode oferecer à China uma vantagem estratégica significativa caso amplie sua frota de satélites para 2.800 unidades.
