Guerras comerciais não têm vencedores e 'tarifas arbitrárias' desestabilizam economia, diz Lula
Lula destaca a importância da integração latino-americana em meio a desafios econômicos e sociais. O presidente enfatiza a defesa da democracia e a necessidade de ação conjunta contra mudanças climáticas durante a Cúpula da Celac.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que guerras comerciais não têm vencedores durante a 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
O evento destaca a resposta ao tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, que inclui deportações de imigrantes, especialmente latinos. Lula critica a autonomia da América Latina e as tentativas de "restaurar antigas hegemonias".
Ele ressaltou que a liberdade e autodeterminação são vítimas de um mundo sem regras, onde tarifas elevam os preços e desestabilizam a economia internacional.
Lula convocou a defesa da democracia como prioridade, afirmando que "nenhum país pode impor seu sistema político ao outro". A presença de "indivíduos e empresas poderosas" que ameaçam a soberania regional foi enfatizada.
Os desafios climáticos foram abordados, com Lula pedindo ação contra o risco de colapso da Floresta Amazônica e o degelo na Antártida, destacando a integração econômica como fundamental para fortalecer a região.
O presidente defendeu o multilateralismo, ressaltando a importância de não ignorar as ameaças às soberanias, como o embargo a Cuba e a situação na Venezuela. A Celac deve atuar para eleger a primeira mulher secretária-geral da ONU.
Apesar da fragilidade atual da Celac, Lula e aliados, como o presidente colombiano Gustavo Petro, buscam alternativas para superar divisões. O tema da imigração será revitalizado, com o reativamento de um grupo de trabalho dedicado.