Guerrilheiro mais procurado da Colômbia afirma que não vai se render
Mordisco reafirma sua resistência e promete continuar lutando após a prisão do irmão enquanto enfrenta pressão crescente das autoridades. A situação revela a complexidade do conflito armado na Colômbia e a tensão entre o governo e os grupos guerrilheiros dissidentes.
Iván Mordisco, líder guerrilheiro mais procurado da Colômbia, declarou que não irá se render, mesmo após a prisão de seu irmão, Mono Luis, nos arredores de Bogotá.
Mordisco comanda o EMC, uma dissidência que se distanciou do acordo de paz de 2016 com o governo das Farc. O presidente Gustavo Petro o compara a Pablo Escobar.
Ele lembrou que, durante o governo de Álvaro Uribe (2002-2010), perdeu uma irmã e não se rendeu. Atualmente, está em fuga pela Amazônia, após ser ferido em uma operação.
Petro anunciou ontem a captura de seu irmão, que era responsável por narcotráfico, finanças ilícitas e logística do EMC.
Mordisco afirmou: “Se você desejar, acabe com o restante da minha família. Não acredito na Justiça colombiana, mas confio na justiça revolucionária.” Ele também responsabilizou Petro pelo destino de seus familiares.
Uma das frentes do EMC é acusada de um ataque com caminhão-bomba que resultou em 6 civis mortos e mais de 60 feridos em Cali na última quinta-feira.
A pressão do EMC contra as forças públicas aumentou após Mordisco abandonar as negociações de paz com o governo Petro em 2024.