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Há 40 anos, Brasil encerrava ditadura militar e caminhava para a redemocratização

Quarenta anos após a posse de José Sarney, o Brasil relembra um marco na transição para a democracia. Enfrentando tensões e incertezas, seu governo se torna símbolo das complicadas relações entre civis e militares na nova República.

José Sarneyditadura militar no Brasil.

Tancredo Neves, eleito indiretamente em 15 de janeiro, morreu antes de sua posse. Sua internação para cirurgia ocorreu na véspera da posse.

A Constituição vigente não previa como proceder em casos de impedimento do eleito. Após debates intensos, chegou-se à conclusão de que Sarney, como vice-presidente, deveria assumir o cargo.

O ex-deputado Cássio Gonçalves comentou sobre as discussões que levaram à posse de Sarney durante a primeira sessão da Câmara após sua posse.

Tancredo foi internado às 22h30 do dia 14 de março, e a decisão sobre Sarney foi tomada na madrugada do dia 15, em uma situação considerada extremamente tensa.

Segundo Sarney, houve tentativas de impedir sua posse, incluindo um plano do ministro do Exército Walter Pires, que foi frustrado.

No entanto, Sarney, remanescente da Arena, partido militar, enfrentou desconfiança sobre sua capacidade de cumprir as promessas de redemocratização feitas por Tancredo.

A aliança entre Tancredo e Sarney reflete a complexidade da redemocratização brasileira, que foi controlada pelos militares, iniciando com a Lei da Anistia em 1979.

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