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Há grandes chances do estresse do câmbio do fim de 2024 se repetir neste ano, diz PicPay

Expectativas indicam um ano desafiador para o câmbio brasileiro, com potencial de volatilidade elevado. A economista do PicPay, Ariane Benedito, acredita na necessidade de reformas estruturais para mitigar os riscos e destaca a possível vantagem para o Brasil na disputa comercial entre EUA e China.

Depreciação do câmbio brasileiro no final do ano passado gera preocupação com repetições em 2024, segundo a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito.

Em dezembro, o dólar atingiu R$ 6,30, impulsionado pela saída de capitais e crises de credibilidade relacionadas à dívida pública.

Benedito acredita que haverá volatilidade até a sustentabilidade fiscal ser alcançada. Um crescimento do PIB de 2% e uma inflação de 5,6% podem melhorar a arrecadação e a confiança do mercado.

Ela vê um cenário de curto prazo com potencial otimista devido à guerra comercial entre EUA e China, que pode beneficiar o Brasil ao modificar sua pauta exportadora.

  • Exportações de commodities agrícolas como soja poderão aumentar, substituindo as vendas de minério de ferro.
  • Medidas comerciais intensas podem enfraquecer a economia americana, mas sem causar uma recessão severa.

Benedito ressalta que o Federal Reserve dos EUA pode ser menos tolerante à inflação e sinaliza cortes de juros, mesmo que estes sejam sutis.

Num cenário mais construtivo, a melhora no apetite por ativos emergentes e dados econômicos fortes no Brasil podem trazer investimentos à bolsa e ao real.

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