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‘Há risco de empresas adiarem recebimento de aviões por causa da tarifa de 10%’, diz CEO da Embraer

Embraer busca evitar tarifação de 10% sobre suas aeronaves nos EUA, destacando sua importância econômica e os riscos de adiamento nas entregas. A empresa apresenta resultados sólidos, apesar do impacto financeiro da taxa, com recordes em suas receitas líquidas.

Embraer busca isenção de tarifa de 10% após exclusão de taxação adicional de 40% sobre produtos brasileiros nos EUA.

O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, destacou a importância da empresa para a economia americana durante entrevista ao Estadão.

À medida que as conversas com o governo Trump prosseguem, Gomes Neto afirma que a tarifa de 10% causará um impacto de US$ 65 milhões para a companhia, o que poderá afetar a entrega de aeronaves a clientes, como ocorreu com o Alaska Airlines.

No segundo trimestre, a Embraer reportou resultados sólidos, com receitas líquidas recordes de R$ 10,2 bilhões, apesar de um prejuízo líquido ajustado de US$ 4,7 milhões.

Principais pontos abordados na entrevista:

  • É tarefa do governo brasileiro negociar, mas Embraer apresenta sua importância econômica.
  • 88% dos acionistas da Embraer residem nos EUA, impactando diretamente a economia.
  • Embraer gera 12.500 empregos nos EUA, 2,5 mil diretamente e 10 mil em indústrias americanas.
  • Crescimento de 39,6% no EBITDA, alcançando R$ 1,39 bilhão.
  • Apresentação de dados sobre impacto da tarifa nos negócios e na frota das companhias aéreas.
  • A Embraer planeja investir US$ 500 milhões nos próximos cinco anos nos EUA.

Gomes Neto enfatiza que a resiliência da Embraer frente às tarifas pode resultar em um futuro melhor, com revisões de planos que não alteram as perspectivas de crescimento.

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