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Há sinais ‘razoavelmente claros’ de que política monetária está funcionando, diz diretor do BC

Diretor do Banco Central afirma que política monetária está mostrando resultados e que o crescimento econômico do Brasil deve ser ajustado para evitar inflação excessiva. Ele ressalta a intenção de manter um nível de juros restritivo para garantir a convergência da inflação e destaca a incerteza atual na economia global como um fator relevante.

Banco Central: Nilton David, diretor de política monetária, afirma que há sinais “razoavelmente claros” de que a política monetária está funcionando.

Durante evento do Citi Brasil, destacou que o Brasil está crescendo acima do potencial e que o objetivo é moderar esse crescimento para evitar pressões inflacionárias.

Na última ata do Copom, foram observados “sinais mistos” sobre a desaceleração econômica, com crescimento forte em setores menos sensíveis ao ciclo.

David reafirmou o compromisso do Banco Central em buscar a meta de inflação. Ele mencionou que a política monetária afeta diferentes setores de maneiras e tempos distintos.

Ele mencionou a necessidade de uma taxa de juros que impacte todos os segmentos, mesmo aqueles com incentivos ou subsídios. Os membros do Copom percebem a taxa básica de juros como restritiva.

O Copom indicou que expectativas desancoradas exigem uma política monetária contracionista a longo prazo. A Selic foi elevada de 14,75% para 15% ao ano, interrompendo o ciclo de alta iniciado em setembro de 2024.

David apontou que o cenário atual é de “maior incerteza”, impactado por fatores pós-pandemia e econômicos dos EUA. Essa incerteza aumenta a dificuldade de ajustes frequentes nas políticas.

Um paper do FMI sugere que países com inflação alta por tempo prolongado tendem a ter expectativas “backward looking”, afetando a inflação futura. O Brasil é citado como exemplo.

O diretor enfatizou que o Banco Central avalia uma série de dados, não apenas um único indicador, para decidir sobre alterações nas taxas de juros, buscando um objetivo de longo prazo.

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