Haddad associa juro alto a Campos Neto e poupa Galípolo, indicado por Lula
Ministro da Fazenda destaca preocupação com a alta taxa de juros e defende cautela nas políticas de gastos públicos. Haddad também anunciou progresso na oferta de crédito imobiliário visando apoiar a classe média.
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com a taxa Selic, que está em 15% ao ano, a mais alta em quase 20 anos. Haddad considera a taxa muito restritiva e criticou sua elevação, que foi decidida sob a gestão anterior do BC.
Ele afirmou que o debate sobre aumento de despesas públicas está congelado até que o País encontre um caminho de sustentabilidade nos gastos. “Neste momento, nenhum aumento de gasto é bem-vindo”, disse.
Haddad anunciou que o governo está finalizando detalhes sobre crédito imobiliário para a classe média, afirmando que ainda representa apenas 10% do PIB, comparado a 30% em países como o Chile. A meta é alavancar esta indústria com novos instrumentos de crédito.
O ministro também comentou sobre o Aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), informando que o governo identificou tentativas de driblar a taxa por instituições financeiras. Ele enfatizou a necessidade de equidade tributária.
Quanto à medida provisória (MP) 1.303/2025, Haddad destacou a capacidade de negociação da Fazenda, que obteve aprovação para quase todas as medidas propostas no Congresso, mesmo aquelas inicialmente mal recebidas.
A entrevista foi concedida à TV Record e contemplou vários assuntos relevantes da atual política econômica.