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Haddad associa nova alta da Selic a Campos Neto e diz que não dá para dar 'cavalo de pau'

Haddad critica aumento da Selic e atribui decisão a Campos Neto, ex-presidente do Banco Central. Ele reforça a necessidade de cautela para garantir sustentabilidade fiscal e crescimento econômico.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a alta da taxa básica de juros é uma herança do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sucedido por Gabriel Galípolo.

Haddad destacou que essa alta, ocorrida na última reunião de Campos, em dezembro, foi "contratada" e que uma mudança abrupta em política monetária comprometeria a credibilidade.

Atualmente, a taxa Selic está em 15%, considerada por Haddad como muito restritiva em relação às projeções de inflação.

Na última reunião do Copom, a taxa foi elevada em 0,25 ponto percentual, alcançando o maior nível desde julho de 2006. Desde a fixação da Selic em 12,25% em dezembro, houve quatro reuniões subsequentes, todas com aumento acumulado de 2,75 pontos percentuais.

Haddad mencionou também que o problema da inflação de alimentos está sendo corrigido e enfatizou a necessidade de "congelar o debate sobre aumento de gasto" até encontrar sustentabilidade fiscal.

O governo publicou uma medida provisória para elevar a arrecadação de impostos em resposta ao recuo do IOF, incluindo a taxação de apostas esportivas e a mudança na tributação de instituições financeiras.

Apesar da resistência no Congresso, Haddad se mostrou otimista quanto ao consenso e destacou a importância de manter responsabilidade fiscal.

Dados da Instituição Fiscal Independente indicam um déficit primário projetado de R$ 83,1 bilhões até 2025.

O ministro também revelou que o governo estuda maneiras de alavancar o crédito imobiliário, enfatizando que o Brasil possui potencial para crescimento nesse setor, atualmente em 10% do PIB.

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