Haddad critica tarifas dos EUA e promete defender empregos e indústria do Brasil
Haddad critica as novas tarifas comerciais dos EUA e afirma compromisso em proteger a indústria brasileira. Ministro destaca a importância do diálogo para evitar danos à economia nacional e reafirma a posição privilegiada do Brasil no comércio internacional.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil defenderá a indústria nacional e os empregos em resposta às tarifas comerciais dos Estados Unidos.
Em entrevista, ele criticou a guinada protecionista do presidente Donald Trump, ressaltando que a prioridade do Brasil é manter o diálogo para evitar prejuízos à economia nacional.
Haddad disse: “Os Estados Unidos passaram as últimas quatro décadas defendendo o livre comércio. De repente, mudam 180 graus." Ele relacionou a adoção de tarifas de 10% a pressões internas de empresários americanos, embora afirme que o foco é a China.
Ele classificou o cenário como instável e destacou que o Brasil tem uma posição privilegiada no comércio internacional. O ministro garantiu que o governo está mobilizado: “Vamos defender empregos e indústrias brasileiras”.
Haddad comentou a aprovação da “lei da reciprocidade” pelo Congresso, que permite reações a medidas comerciais unilaterais, e disse que isso é uma sinalização ao governo Trump.
Apesar das incertezas, ele descartou risco de desaceleração econômica: “A economia brasileira segue saudável”, com reservas robustas e instrumentos para enfrentar a turbulência externa.
Ele criticou também a falta de coerência da política econômica dos EUA e comentou sobre a oscilação do dólar, sugerindo que isso gera refúgio para investidores na moeda americana.
Por fim, Haddad acredita que a escalada protecionista dos EUA pode acelerar o fechamento do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia:: “Essa situação vai impulsionar negociações importantes para o Brasil e a região.”