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Haddad diz que Brasil não irá retaliar tarifas dos EUA sobre aço por orientação de Lula

Governo brasileiro busca soluções pacíficas para enfrentar sobretaxas de aço dos EUA. A estratégia envolve negociações contínuas e análise de medidas de proteção à indústria local.

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 12, que o governo continuará as negociações para reverter a sobretaxa dos EUA sobre o aço brasileiro. Ele descartou retaliações orientado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Muita calma nessa hora”, disse Haddad, que defende os impactos negativos da tarifa de 25% sobre a indústria americana.

O Ministério da Fazenda produzirá uma nota técnica para apoiar o Ministério do Desenvolvimento nas conversas com os EUA. Haddad se reuniu com o setor siderúrgico, que apresentou sugestões para proteger a indústria local.

A sobretaxa, anunciada por Trump em 9 de fevereiro, afeta especialmente o Brasil, 2º maior exportador de aço para os EUA, atrás do Canadá. Além do aço, há taxas de 25% sobre alumínio, cobre e madeira serrada.

Ele enfatizou que o governo priorizará as negociações, citando que em 2018, o Brasil evitou a sobretaxa ao estabelecer uma cota de exportação.

“As acusações de reexportação não fazem sentido”, declarou Haddad, que observou a preocupação do setor com as medidas americanas. Ele mencionou que a taxação encarece produtos para o consumidor americano, com repercussão inflacionária nos EUA.

O setor siderúrgico pediu medidas de proteção tanto nas exportações quanto nas importações de aço, principalmente devido ao aumento das vendas chinesas.

Haddad confirmou que as estratégias para exportação e importação não podem ser as mesmas e que estudará as propostas apresentadas pelo setor.

No evento de terça-feira, a siderurgia reforçou seus pleitos por proteção comercial, enquanto Alckmin mencionou um esforço para a “recomposição tarifária”.

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