Haddad diz que falará com relatores sobre penduricalhos de juízes
Haddad se compromete a dialogar com os futuros relatores do projeto de reforma do Imposto de Renda. Ministro destaca a necessidade de equidade na tributação e a urgência em aprovar medidas para corrigir distorções fiscais.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou sobre o penduricalho dos juízes e as recentes mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) nesta quinta-feira (20.mar.2025).
Ele afirmou que irá dialogar com os futuros relatores do projeto de lei no Congresso e expressou o interesse da equipe econômica em avançar nas propostas.
Haddad se reuniu com o presidente do PT, Humberto Costa, em Brasília. Ele está buscando audiências com os presidentes da Câmara e do Senado para designar relatores, afirmando: “Eu preciso, em primeiro lugar, ter um relator para essas matérias”.
O ministro destacou que mesmo juízes recebendo acima de R$ 600 mil anuais, eles podem ficar isentos de impostos sobre benefícios adicionais devido às alíquotas pagas.
Exemplo: Um juiz com salário bruto de R$ 602.760,47 pagaria cerca de R$ 151 mil em IR. Se receber R$ 600 mil em penduricalhos, sua renda anual sobe para R$ 1,203 milhão, superando a tributação mínima de 10% do governo.
Haddad mencionou a boa vontade do Congresso em votar projetos não polêmicos, como a MP que altera as regras do crédito consignado para trabalhadores.
O projeto de reforma do IRPF será discutido mais amplamente, conforme expectativas do ministro. Ele criticou a injustiça tributária enfrentada pelos super-ricos.
Sobre o Ploa de 2025, Haddad garantiu que está em condições de ser votado sem riscos de descontinuidade, destacando a importância do programa Pé-de-Meia para estudantes.
Haddad ainda mencionou a situação de empréstimos pessoais acima de 5% ao mês, ressaltando a necessidade de orientar a população sobre opções financeiras mais acessíveis.