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Haddad diz que isenção de títulos causa distorção no mercado; veja opinião de analistas

Ministro da Fazenda destaca os desafios do Tesouro Nacional frente à concorrência com títulos isentos, que serão impactados pela nova medida provisória. Especialistas apontam que o fim da isenção pode reequilibrar o mercado de renda fixa, mas não eliminará o crédito privado.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Tesouro Nacional enfrenta dificuldades para vender títulos públicos devido à concorrência com títulos isentos, que são alvo de uma medida provisória em tramitação no Congresso.

A proposta do governo visa aumentar a alíquota do Imposto de Renda de 0% para 5%. Haddad declarou que a isenção gerou uma distorsão significativa no mercado.

No Senado, ele reforçou que o objetivo não é prejudicar investidores em títulos isentos, já que o diferencial tributário permanecerá alto.

A isenção de IR tem atraído investidores para produtos do crédito privado, especialmente de bancos, que oferecem remunerações competitivas com os títulos públicos. Essa vantagem fiscal dificulta a ampliação da base de financiamento do governo, que necessita de taxas controladas.

Segundo Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, o fim da isenção pode reorganizar as preferências no mercado de renda fixa, aumentando a competitividade dos títulos públicos.

  • A competitividade dos títulos públicos pode crescer no curto prazo, pois eles competirão em bases mais niveladas com debêntures e outros produtos isentos.
  • Os títulos privados oferecem exposição a setores produtivos e estratégias diversificadas, o que pode manter sua demanda.

O fundador da Stay, Tsai Chi-Yu, ressaltou que o fim da isenção não igualará a competição, pois a tributação dos títulos do Tesouro será fixa em 17,5%, ao contrário da tabela regressiva atual.

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