Haddad diz que luta contra exceções na reforma tributária não acabou
Haddad enfatiza que a luta contra as exceções na reforma tributária é fundamental para garantir a equidade na tributação. O ministro destaca a importância da resistência do Congresso para evitar pressões de lobbys até 2032.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (25) que a luta contra exceções na reforma tributária ainda não terminou. Ele destacou a necessidade de impedir que a "baixa política" afete o debate público e comprometa as conquistas da reforma.
Durante um evento promovido pela Fiesp, Haddad alertou que a transição até 2032 exigirá resistência do Congresso Nacional aos lobbys que buscam aumentar as excepcionalidades, o que pode elevar as alíquotas dos novos tributos.
Ele classificou como o único “defeito” da reforma as exceções que contribuem para que a alíquota máxima fique em quase 30%, enquanto a média será de pouco mais de 20%.
"A luta não acabou", disse Haddad, enfatizando que será necessário batalhar para concluir a transição. O ministro sugeriu uma reavaliação das exceções até 2032 para aproximar a alíquota padrão da média.
Haddad também criticou a oposição por ter votado contra a reforma, prejudicando a indústria, e apontou que o "grande legado" do governo Jair Bolsonaro foi a redução do imposto do jet ski.
Sobre as prioridades do país, ele ressaltou que a reforma tributária é uma das três iniciativas mais importantes, junto com a melhoria do sistema de crédito e a qualidade da educação.
O ministro concluiu destacando a oportunidade de retomar uma agenda de desenvolvimento com educação de qualidade, crédito barato e tributos justos, respeitando a capacidade contributiva de cada cidadão.