Haddad diz que não há intenção de subir tarifas “por enquanto”
Haddad descarta aumento de tarifas brasileiras e busca solução diplomática com os EUA. Ministro defende que a sobretaxação é ideológica e promete explorar alternativas para evitar prejuízos comerciais.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, por enquanto, “ninguém está falando” sobre aumentar tarifas contra os EUA.
Ele busca uma solução diplomática após Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, justificando pela relação com Jair Bolsonaro.
Haddad acredita que a medida é injustificável economicamente, citando um superávit comercial dos EUA com o Brasil desde 2009, totalizando mais de US$ 400 bilhões nos últimos 15 anos.
Ele destacou que o agronegócio e a indústria paulista seriam os mais prejudicados. "Queremos boas relações com os EUA", disse Haddad.
Trump pretende aplicar a tarifa a partir de 1º de agosto, e Haddad revelou que existe um grupo de trabalho para avaliar a Lei da Reciprocidade Econômica (15.122 de 2025), aprovada após o anúncio de tarifas.
Haddad criticou a tarifa como contraproducente, dizendo que desrespeita a tradição diplomática entre os países. Espera que a situação seja resolvida diplomaticamente até agosto.
O presidente Lula afirmou que o Brasil responderá à imposição tarifária com a Lei da Reciprocidade Econômica, contestando a afirmação de Trump sobre a relação comercial.
Dados de 2024 mostram que o Brasil exportou US$ 40,4 bilhões para os EUA, representando 12% do total exportado, e que uma retaliação poderia ter impacto inflacionário.