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Haddad diz que só vai comentar decisão do BC sobre juros após ata do Copom

Ministro da Fazenda destaca que alta da Selic era prevista e se baseia em orientações anteriores do Banco Central. A taxa, agora em 14,25%, atinge o maior nível desde 2016 e pode continuar a subir em futuras reuniões.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a elevação da taxa básica de juros de 13,25% para 14,25% já era prevista desde o final do ano passado.

Haddad utilizou o termo guidance para descrever a previsão feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Em dezembro, o Banco Central (BC) indicou duas altas de 1 ponto percentual na Selic, confirmadas em janeiro e este mês.

— “Esse aumento teve um guidance no final do ano passado,” disse Haddad. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, reafirmou essa previsão.

Galípolo assumiu o BC em janeiro, e essa previsão era da gestão de Roberto Campos Neto.

Haddad prometeu mais comentários após a leitura da ata do colegiado, que será publicada na próxima terça-feira.

Com a nova decisão, a Selic atingiu o nível mais alto desde outubro de 2016 e se igualou ao patamar da crise do impeachment de Dilma Rousseff.

Segundo o Copom, em sua próxima reunião em maio, a Selic deve ser aumentada novamente, mas em menor ritmo. A declaração destaca:

  • “Diante da continuidade do cenário adverso para a inflação, elevada incerteza e defasagens no ciclo de aperto monetário, o Comitê antevê um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.”
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