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Haddad e Dino irritam parlamentares que pressionam Motta a derrubar IOF; leia bastidores

Decisão surpresa de Hugo Motta gera tensão entre governo e Congresso. Votação do decreto que anula aumento do IOF acontece em meio a críticas ao ministro da Fazenda e à articulação política do governo.

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Hugo Motta, convocou uma votação para hoje, 25, sobre o decreto que anula o aumento do IOF, surpreendendo tanto a oposição quanto aliados do governo.

Motta anunciou a votação após a meia-noite, pegando de surpresa deputados que apoiam a medida e estão fora de Brasília devido às festas de São João.

O clima foi inesperado entre governistas, considerando que Motta havia dado 15 dias ao governo para negociar antes do voto, após a aprovação do regime de urgência com 346 votos a favor e 97 contra.

A decisão surgiu em meio a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defendeu o aumento do IOF como política de justiça social, o que gerou descontentamento entre parlamentares da base, fragilizando sua posição.

Além disso, a ministra-chefe Gleisi Hoffmann sugeriu falta de apoio do Planalto a reformas importantes na Câmara, o que intensificou as tensões.

Haddad reiterou seu posicionamento sobre o IOF como uma “correção de injustiça”, mas críticos afirmam que isso prejudica também pequenos empreendedores e viajantes.

Nos bastidores, aumentam as acusações de tentativas de desestabilização do governo Lula, com preocupação sobre o andamento de emendas parlamentares, que estão atrasadas, resultando em apenas R$ 1,72 bilhão empenhados de um total de R$ 50,3 bilhões previstos este ano.

Por fim, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, participarão de uma audiência pública no STF convocada pelo ministro Flávio Dino para discutir a situação, enquanto críticas ao papel do STF aumentam entre parlamentares.

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